Francisco Prado Margarido nasceu em Itararé, em 15 de outubro de 1909, tendo sido o terceiro filho do casal Brás Margarido e Attilia Prado Margarido. Viveu sua infância nas cidades de Itapeva, Capão Bonito, Itapetininga e Itaberá, onde concluiu o curso primário. Desde pequeno trabalhou no comércio de Itapeva até os idos de 1930, ano em que prestou Serviço Militar, servindo no TG 154 de Itapeva. Depois disso, trabalhou como bancário até 1932, em São Paulo e São João da Bocaina, formando-se, nesse ínterim, Contador pela Academia de Comércio “Horácio Berlinck”, da cidade de Jaú. Voltando à Itapeva, preparou-se com entusiasmo para prestar o exame de Madureza, tendo concluído o curso de Normalista no ano de 1936. Em 1935, exerceu as funções de preparador de Física e Química no antigo Ginásio Municipal de Itapeva, tendo ali permanecido até 1939. De dezembro a junho de 1939, frequentando a escola Superior de Guerra do Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro, fez o Curso Intensivo de Educação Física, vindo a exercer o cargo de Professor de Educação Física na então Escola Normal Livre de Itapeva até 1949. Em 09 de novembro de 1947, foi eleito Vereador de Itapeva, cumprindo seu mandato no período de 01/01/1948 à 31/12/1951. No período de 1949, foi diretor do jornal “O Meridional”, além de exercer as funções de jornalista e repórter. Em 1949 prestou concurso para Diretor de Ensino Secundário, tendo sido aprovado. Escolheu Itararé, tendo ali permanecido até fins de 1951. Em 1952 prestou concurso de Remoção, escolhendo a vaga de Diretor existente no então Colégio Estadual e Escola Normal “Otávio Ferrari”, hoje EEPSG “Otávio Ferrari”, ali permanecendo até 1964, ano em que passou a exercer as funções de Inspetor Auxiliar do Ensino Secundário, até conquistar, com inteira justiça, o prêmio de sua aposentadoria. No curso de suas lides educacionais, foi responsável pela instalação dos Ginásios Estaduais nas cidades de Buri, Ribeirão Vermelhos do Sul hoje Riversul, Ribeirão Branco e Guapiara, e trabalhava para a instalação do Ginásio Estadual de Iporanga quando se aposentou. A par de suas atividades profissionais, lutou denodadamente pelo Escotismo local, tendo apresentado tese na 1ª Conferência Nacional de Escotismo. Exerceu as funções de Comissário de Menores do município, foi fundador de diversas entidades culturais, filantrópicas e desportivas, dela participando ativamente, e batalhou incansavelmente, pelo desporto local e regional. Foi um dos fundadores da LIRA ITAPEVENSE e grande colaborador com os jornais locais. Após sua aposentadoria, transferiu residência para a cidade de São Carlos, em 1969, de igual forma ali participando de todos os eventos comunitários, sempre respondendo “presente” ao chamamento de seus amigos que o admiravam pelo seu reconhecido espírito de serviço, filantropia, altruísmo e abnegação. Mesmo longe de Itapeva, jamais se esqueceu da terra onde constituiu seu lar, sua família. Foi casado com Dona Filomena Duch Margarido, gerando desse consórcio 04 filhos: Antonio de Jesus, Francisco, Luis Mário e Maria do Carmo. Faleceu em 15 de dezembro de 1980 no Hospital Albert Einstein, em São Paulo e seu corpo foi transladado para São Carlos, onde foi sepultado.